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O Informador

A República das Bananas

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As Produções Filipe La Féria voltam a encher a sala do Teatro Politeama com a revista A República das Bananas que há praticamente seis meses esgota cada sessão com o público que continua a vibrar com os espetáculos de um dos melhores produtores e encenadores nacionais. Repescando o género revisteiro há uns anos, La Féria entrou no espirito e parece não o querer largar tão cedo, visto o sucesso alcançando pelas últimas produções que pegam em rótulos sociais, política, desporto, temas atuais e história para elaborar o presente perfeito que é oferecido sessão após sessão pelo palco da sala de espetáculos lisboeta. 

Com um elenco encabeçado por Rita Ribeiro, José Raposo, Anabela e Ricardo Castro, em A República das Bananas atores, cantores e bailarinos cruzam-se cena a cena num formato que une a tradição da revista com o toque musical de que o produtor tanto gosta e bem. Com um texto prático e virado em diversos atos para o humor fácil e brejeiro que o público de La Féria gosta, a crítica e comentário social atual não são esquecidos para que a aproximação realidade/espetáculo exista. 

Do riso fácil às cenas pesadas misturadas com vários e talvez um pouco de mais momentos de canto, nesta recente produção existe espaço para tudo e todos. Dos portugueses que lideram o país à rainha mais popular do mundo, sem esquecer a líder da Alemanha e Jorge Jesus, são vários os rostos conhecidos retratados em cada ato para que o humor mordaz, ligeiramente ousado, eleve os aplausos do público que adora uma boa picada nos supostamente maus da fita da nação. 

José Raposo no seu mundo, merecendo todo o mérito que lhe é reconhecido pelos palcos nacionais, mostrando-se polivalente, com um talento inesgotável e bem impermeável em qualquer personagem que desempenha. Rita Ribeiro com todo o mérito que lhe é conhecido brilha e coloca muitas das mais novas atrizes a um canto pela sua performance em palco. Ricardo de Castro, o perfeito! Existirá melhor explicação para os bonecos que este homem consegue colocar no ativo de forma tão rigorosa? Paula Sá dispensa apresentações na arte revisteira e sabe tão bem o que tem de fazer. Anabela, a eterna princesinha de La Féria que lhe tira um pouco o pio no momento que podia ser perfeito com o tema «A Cidade até ser dia», no entanto bem. O restante elenco cumpre muito bem com os seus papéis, principalmente nas imitações eximias de várias figuras sociais. 

Sem surpresas, A República das Bananas vai de encontro aos espetáculos de Filipe La Féria que deixam o público alegre ao longo de praticamente três horas. No entanto o tempo já passou e o sucesso de a Grande Revista à Portuguesa, espetáculo que entrou em cena em 2013, parece estar impossível de alcançar. Seguiu-se Portugal à Gargalhada que esteve praticamente no nível do seu antecessor, mas agora com estas bananas dos nossos tempos, embora tenham um bom espetáculo, talvez seja hora de parar um pouco no género para voltar aos grandes musicais de sucesso de outros tempos. 

Como La Féria afirma... «Venham à revista!».

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É uma crítica mordaz e divertida ao Portugal de hoje. Pelo palco do Politeama serão passados em revista todos os acontecimentos deste ano, as figuras políticas e públicas mais engraçadas e controversas interpretadas por um elenco de estrelas onde La Féria junta actores consagrados à mais jovem e talentosa geração do novo teatro e musical português.

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