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O Informador

A Última Ceia | Nuno Nepomuceno

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Título:  A Última Ceia

Autor: Nuno Nepomuceno

Editora:  Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Dezembro de 2018

Páginas: 360

ISBN: 978-989-8886-38-5

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Uma nota enigmática é encontrada junto a lascas de tinta e tela, e à moldura vazia de um quadro famoso. O ladrão deixou um recado. Promete repetir a façanha dentro de um ano. De visita à igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, uma jovem mulher apaixona-se por um carismático milionário. Mas quando alguns meses depois é abordada por um antigo professor, Sofia é colocada inesperadamente perante um dilema. Deverá denunciar o homem com quem vai casar-se, ou permitir tornar-se cúmplice deste ladrão de arte irresistível?

Enquanto a intimidade entre o casal aumenta, um jogo de morte, do gato e do rato, começa. E aquilo que ao início aparentava ser um conto de fadas, transforma-se rapidamente num pesadelo, enquanto um plano ousado e meticuloso é urdido para roubar a obra-prima de Leonardo da Vinci. Requintado, intimista, inspirado em acontecimentos verídicos, A Última Ceia transporta-nos até ao elitista mundo da arte. Passado entre Londres e Milão, habitado por uma coleção extraordinária de personagens, para as quais a ambição e fama sobrepõem-se a qualquer outro valor, este é um thriller sofisticado de leitura compulsiva. Uma viagem surpreendente ao centro de uma teia de intrigas, romances e traições.

 

Opinião: Nuno Nepocumeno regressa com uma nova obra e volta a surpreender e a não desiludir. Focado desta vez no mundo da arte e com a igreja a marcar presença, em A Última Ceia o destaque está precisamente nesta obra de Leonardo da Vinci, Il Cenacolo, o fresco cujas suas cópias são roubadas. 

Fazendo regressar o professor Catalão e a sua Diana com o pequeno Rodrigo, Nuno Nepomuceno trás em A Última Ceia novas personagens para baralhar e dar um novo fôlego a esta história. Sofia Conti e Giancarlo Baresi são os protagonistas desta trama como um par romântico enredado entre acontecimentos que envolvem negócios obscuros perante o mundo da arte, onde as cópias de Il Cenacolo são roubadas, copiadas e ficam prontas para seguir outros caminhos. E é nesse campo que entra o professor Catalão para ajudar a recolocar a ordem em toda a situação para que a mesma não seja tornada pública e consiga ficar resolvida antes que se torne embaraçoso.

Viajando entre Lisboa onde vive Afonso Catalão, Milão, de onde desaparecem as peças de arte e Londres onde irá acontecer a nova exposição da Academia Real das Artes de Londres com a última cópia bem guardada de A Última Ceia, sendo necessária proteção máxima e a perceção que quem está por detrás dos mais recentes roubos poderá estar a preparar o momento final neste mesmo espaço. 

Dando a conhecer um pouco mais sobre o professor Catalão e reencontrando a sua antiga aluna Sofia no meio de toda esta história, Nuno Nepomuceno conseguiu nesta narrativa criar um novo percurso sem esquecer o que já fez no passado, recuperando e dando continuidade às suas personagens que têm tido destaque e conquistado os leitores perante as suas anteriores obras. Com base no mundo das artes, tocando na igreja e em alguns podres inseridos neste mundo, como o caso da homossexualidade e dos favores que vão sendo feitos e sempre picando a política como um bom observador o consegue fazer através de um momento de ficção onde os recados vão sendo transmitidos. 

No que toca à criação de A Última Ceia, Nuno Nepomuceno continua na sua boa evolução de obra para obra. Não desiludindo e unindo a ação com o crime, a intriga com o romance e o suspense com um policial corrido e sem maçar, o autor consegue agarrar o leitor através dos curtos capítulos onde sempre algo de novo acontece, deixando pistas e motivos para se continuar a querer continuar perante as próximas páginas para se saber como cada ponto solto vai sendo tratado e resolvido. Numa escrita rápida, simplificada ao mesmo tempo que é explicativa e com capacidade para que o leitor visione o que está a ser descrito, conseguindo ficar com a imagem dos locais e dos momentos de ação de uma história bem elaborada que entretém, ensina e deixa o apetite aberto para pedir ao autor que continue a avançar com a sua escrita desta forma. 

Uma leitura totalmente recomendada, sem medos e hesitações, por ser percetível a quem tem acompanhado o trabalho de Nuno Nepomuceno que existe uma evolução bem condimentada e demonstrada e onde o futuro triunfante parece estar cada vez mais do seu lado. Com trabalhos nacionais como este vale a pena seguir a linha de um autor que avança, reage, aposta e segue sem medos de tocar em novos temas. 

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