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O Informador

Barbie aposta na inclusão

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Foram precisas décadas para que a Mattel percebesse que existe muito mais para além de uma rapariga alta, esguia, loura e teoricamente perfeita. Há uns anos algumas Barbies incluídas na série Fashionistas começaram a ganhar cor na luta contra o racismo, tal como diferentes cores e cortes de cabelo, profissões e tipos de corpo. Agora, no ano em que a Barbie completa o seu 60ª aniversário, eis que um novo passo é dado, desta vez na direção da inclusão social com novas bonecas a serem lançadas mais para o final do ano a refletirem alguns problemas físicos. Os novos modelos a serem lançados contarão com uma Barbie em cadeira de rodas e uma outra com uma perna de prótese removível. 

Segundo a Mattel nas suas páginas pelas várias redes sociais, este lançamento pretende demonstrar «um maior reflexo do mundo que as raparigas vêem à sua volta», mostrando assim um novo esforço para reconhecer que a diversidade perante o conceito de beleza é igualitário a todos. 

Lembro, e após pesquisa, que há duas décadas, a Mattel lançou para o mercado a Share a Smile Becky, uma amiga da Barbie com mobilidade reduzida, mas a mesma foi retirada do mercado em 2017 por não se conseguir incluir no fantástico mundo da Barbie por falta de acessibilidades na casa e nos mais diversos acessórios criados ao longo destes anos. Agora é a própria Barbie que terá as suas novas versões, acreditando-se que assim os novos modelos para além da boneca possam estar a ser desenhados a favor da inclusão, uma vez que estas novas Barbies serão articuladas, tal como tem acontecido ao longo dos últimos anos com as restantes. 

Isto é tudo muito bonito, mas ao mesmo tempo leva os consumidores a pensar no tempo que demorou a que uma marca mundialmente reconhecida apostasse na diferença, combatendo o racismo e agora os problemas físicos. Foram sessenta anos a viver com a diferença e a mostrar que a beleza era demonstrada só de um modo. Agora estão no caminho certo mas há que saber incluir estes novos modelos no mercado e não os deixar destinados aos recantos das estantes porque são diferentes e podem não vender tanto como a típica Barbie com que todas as meninas sonham. 

 

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8 Comentários

  • Resta esperar agora que estes novos modelos não sejam deixados de lado nas estantes das grandes lojas para ver se passam despercebidos como acontece algumas vezes.
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    Sofia 17.02.2019

    Sabes o que era bom? As associações em todo o.mundo promoverem estas bonecas. As escolas também teriam um papel importante...
  • Achas que isso vai acontecer? Nem a própria marca deve ter esse interesse por saberem que a suposta perfeição é que vende.
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    Sofia 17.02.2019

    Esse é o meu lado sonhador a falar... Mas, sou muito terra a terra e sei que não. É triste, algo tão simples podia mudar a vida de muitas crianças e adultos.
  • sabemos bem que estes lançamentos são ainda fogo de vista para o que tem de ser feito como um projeto de continuidade.
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    Sofia 17.02.2019

    Um género de" políticamente correcto"! Mas ao contrário, se me faço entender?!
  • Isso mesmo! “Vamos fazer para mostrar que não vale a pena” em termos de vendas em apostar na diferença.
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